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Sobre Financiamentos Coletivos

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Estava dando uma revirada em anotações antigas, e encontrei esse comparativo abaixo. Eu tinha postado isso como um textão no meu perfil pessoal do Facebook lá em 2017, mas isso já se perdeu nas areias do tempo na rede do Markinho. Porém, dado que, nos últimos anos, muitos jogos de tabuleiro tem sido viabilizados através de financiamento coletivo ( crowdfunding ) e campanhas de  pré-venda , acho interessante compartilhar a minha experiência nesse campo.  Pra contextualizar: em 2017, se tratava da 3ª campanha de fora do país que eu apoiava (quem prestar atenção nos detalhes vai deduzir quais foram as duas primeiras), e também a 3ª campanha nacional – ou seja, já deu pra entender melhor como esse modelo funcionava, e não tive o "azar de iniciante" (de ter entrado em apenas uma campanha e logo aquela ter dado grande problema). As minhas conclusões estão no final, mas, fiquem livres pra tirar as suas... FINANCIAMENTO COLETIVO DOS EUA (O mais recente do qual participe...

SMART

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Este  mod  para  War  tem como característica principal o uso das cartas de território   para  outras finalidades além da distribuição inicial dos territórios e das trocas por novos exércitos. Com aplicações em efeitos de combate e de movimento, esta regra torna o jogo mais dinâmico, evitando que fique monótono muito rápido. Além disso, algumas reformulações ajudam a acelerar o jogo, evitando que ele dure horas e horas, e também atenuam um pouco o fator sorte, permitindo "refazer" algumas jogadas – o que acaba reforçando o aspecto tático. Ainda assim, este  mod  não muda a  essência  do War – a ordem do turno e as mecânicas fundamentais ainda estão todas aí. Você já deve estar familiarizado com a regra convencional para então adaptar as mudanças propostas pro seu jogo (alguns pontos da regra normal são repetidos abaixo apenas por questão de clareza). Todos os aspectos sobre os quais não forem mencionadas mudanças funcion...

Salteadores e o Chefe da Guilda

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Em Carcassonne , o seguidor colocado sobre uma estrada é chamado de  Wegelagerer no jogo original alemão ( Wege , "estradas" +  lagern,  "ficar à espera"). Nas edições em inglês, o termo foi traduzido como  highwayman ; literalmente, o "homem da estrada". Considerando o cenário medieval em que se passa o jogo, a tradução mais adequada pro português seria salteador : um bandido que costuma roubar viajantes nas estradas, atacando-os de emboscada, geralmente a cavalo. Mas, no final das contas, ficou só como "ladrão" mesmo. Paradoxalmente, no contexto do jogo, o ladrão (ou salteador) nunca rouba ninguém de fato: os pontos concedidos por uma estrada completa não preveem nenhum tipo de perda pra outro jogador. Além disso, não é difícil observar que completar uma estrada dá muito menos pontos, proporcionalmente, que as cidades ou monastérios (sem falar nas jogadas mais complexas das expansões), de modo que esta é uma jogada meio subvalorizada ...

Catan a Dois

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Colonizadores de Catan é considerado o pai dos jogos de tabuleiro modernos – também conhecidos como jogos de estilo alemão , estilo europeu, "eurogame" ou apenas "euro", pros íntimos – então, é até natural que o primeiro post do blog seja sobre ele. Ainda que alguns aficionados do hobby  considerem Catan um pouco ultrapassado hoje em dia, é fato que ele introduziu muitos conceitos trabalhados até hoje em outros títulos – tabuleiro modular (que permite alta rejogabilidade), elementos de economia, jogo cooperativo (parcialmente), não eliminação de jogador, vitória fracionada em pontos, entre outros aspectos. Porém, um inconveniente é que ele foi projetado originalmente para o mínimo de três jogadores; logo, quando parte do seu grupo de jogo fura a agenda, Catan normalmente sai da mesa.  Adaptações de Catan pra dois jogadores já existem aos montes na Internet. Inclusive o próprio criador, Klaus Teuber, elaborou uma regra alternativa que posteriormente  se torn...